Era filho de James Frederic
Ensor, um engenheiro de origem inglesa e de Maria Catherina Haegheman, de
origem local modesta. Estudou em Bruxelas e, nas suas primeiras obras, sofre a
influência de Reps. Ensor foi ao longo de toda a sua vida um ser marginal e
solitário e é difícil encontrar um outro artista do século XIX e XX cuja obra
seja tão complexa, estranha e tão rica de interpretações.
Ensor ficou particularmente
famoso pelos seus desenhos e pinturas de máscaras e multidões que utilizou como
crítica social. As suas obras estão espalhadas por museus e coleções
particulares de toda a Europa. Data de 1888 a sua obra-prima, Entrada do Cristo
em Bruxelas, que anuncia ao mesmo tempo o fauvismo e o expressionismo. Criou,
com outros artistas, os grupos Os Vinte e Arte Contemporânea.
Começando impressionista, o
estilo de Ensor pouco a pouco adquiriu características peculiares. Artista
visionário, algumas das suas obras aproximam-se, pelo espírito, das dos velhos
mestres flamengos, como Bosch e Bruegel, a cuja família estética pertence.
Tecnicamente, a arte ensoriana revitalizou a pintura belga do século passado,
influindo sobre o expressionismo e o surrealismo. Notável gravador, deixou 133
gravuras em metal, muito procuradas por colecionadores. O rei Alberto I da
Bélgica fê-lo barão em 1929.Ensor faleceu em 1949 após três semanas de agonia.
Está sepultado em Mariakerk, no cemitério junto da igreja de
Notre-Dame-des-Dunes.
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