quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A Arte do Lápis/Luciano Cortopassi

O lápis é um dos materiais mais flexíveis que o artista tam à sua disposição. Ele é facilmente transportado sem provocar sujeira, pode ser apagado, pode ser incisivo e duro ou suave e simpático e sempre pode estar ao alcance da mão para desenhar.
O tema do desenho muitas vezes sugere o tipo de lápis a ser usado; uma paisagem suave e úmida pode exigir o uso de um lápis mole, usado de lado, para fazer marcas suaves e difusas, ao passo que a caracterização do rosto de um homem velho pode sugerir um trabalho mais linear, com um lápis um pouco mais duro. Tendo isso em mente você deveria fazer uma coleção de lápis de grafite, desde os mais moles de designação 9B, aos mais duros conhecidos como 9H. Um lápis 6B lhe dará uma linha muito suave e fluida, quando você usar sua ponta, e uma área chapada de mesma tonalidade, quando você usar sua parte lateral.
Os lápis HB, B e 2B, são úteis para um desenho de realização demorada – um dia inteiro desenhando paisagens ou uma sessão de trabalho de muitas horas de duração com modelos vivos. Comece com um esboço muito suave, aumentando gradativamente as tonalidades com os lápis B e 2B quando você tiver segurança de que as proporções estão corretas. Um
Lápis 2H é útil para os esboços leves; estes lápis devem ser mantidos sempre muito bem apontados, pois sua principal característica é a qualidade incisiva do traço. Além disto, um lápis que a maioria dos desenhistas considera como sendo indispensável é o do tipo F, que garante um bom equilíbrio entre os dois extremos e que é ideal para esboços rápidos
Lápis de Carvão e Outros
Comparado com os lápis comuns de grafite ou de chumbo, os lápis de carvão, que podem ser encontrados em vários tipos de dureza, fornecem um traço mais negro e compacto, que pode ser espalhado com o auxílio de um esfuminho ou de um pedaço de papel. Existem também os importantes lápis conte pretos em três tipos  nº1 (médio), nº 2 (mole), nº 3 (extra mole). Estes lápis produzem traços interessantes, um pouco mais gordurosos do que os lápis de carvão, mas que não podem ser espalhados com tanta facilidade; em compensação estes traços podem adquirir uma grande profundidade – um traço podes ser repassado várias vezes, tornando-se mais escuro e mais rico em qualidade. Uma outra vantagem do lápis conte e do seu equivalente, o crayon conte, é que eles existem em cores harmoniosas e sólidas – vermelho- sanguíneo, sépia e cinza, alem de branco.
Existem muitos outros tipos de lápis disponíveis e vale a pena experimentar todos eles para verificar suas diferentes qualidades quanto aos traços e à maneira de manejá-los. 
Por fim , tenha sempre à mão um estilete grande e bem afiado, - Não use apontador para nenhum tipo de lápis, pois o lápis termina mais rápido, além de quebrar inúmeras vezes a ponta, profissionalmente usa-se apenas o estilete, que além de aumentar a durabilidade dos lápis, serve também para dar forma na ponta conseguindo-se assim , uma gama enorme de efeitos.
Outro detalhe é a borracha, peço que não usem borrachas normais de papelarias, pois as mesmas servem apenas para, estragar a folha em que se desenha, essas borrachas contém areia na sua composição, arranhando o papel e deixando marcas indesejáveis, use-as apenas em desenhos feitos com lápis muito duro.
Aconselho sem dúvida o uso da : “Borracha Limpa-Tipos”, ou borracha maleável, que consiste numa espécie de massa maleável, que não estraga as folhas e além disso produz uma infinidade de efeitos de luz num desenho feito a Grafite, servindo quase como pincel.

Texto: Luciano Cortopassi

Veja as ilustrações abaixo:


Estilete comum , ideal de lâmina grande


Borracha limpa - tipos


Nesta ponta feita com estilete pode-se desenhar com a lateral do lápis


Com apontador comum o lápis é arruinado em pouco tempo

Com o estilete é possível obter uma infinidade de formas



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