quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Jan van Eyck / Luciano Cortopassi


Considerado o fundador da escola realista flamenga, coube a Jan van Eyck aperfeiçoar a recém-criada técnica da pintura a óleo, em telas que patenteiam uma técnica prodigiosa.
Jan van Eyck nasceu em Maaseik, perto de Liège, Flandres, antes de 1395. Durante muito tempo foi tido como o autor do chamado Livro de horas Milão-Turim, mas pesquisas posteriores demonstraram a incerteza de tal suposição.
A primeira informação segura a respeito da vida de Jan van Eyck foi sua nomeação como pintor oficial de João da Baviera, conde de Holanda, em 1422. Três anos mais tarde entrou para o serviço do duque de Borgonha, Felipe o Bom, para quem realizou várias missões diplomáticas secretas na Espanha e em Portugal.
Em 1431, Jan van Eyck comprou uma casa em Bruges (capital de Flandres Ocidental e importante centro comercial desde o Século 13), onde se casou e fixou residência.
As únicas obras conservadas de Van Eyck correspondem à última década de sua vida. A mais antiga e conhecida é o políptico "A adoração do Cordeiro místico" (1432) da igreja de são Bavo, em Gand, retábulo complexo que despertou controvérsias por causa da inscrição que atribui sua realização ao suposto irmão de Jan, Hubert van Eyck.    
Embora documentos atestem a existência de Hubert van Eyck, sua intervenção  na obra e a relação familiar com Jan permanecem polêmicas. O políptico de Gand, de qualquer modo, revela o naturalismo de Jan van Eyck, talvez influenciado pelo estilo de Robert Campin, e a tendência a introduzir na pintura elementos religiosos simbólicos de difícil interpretação. O apogeu da arte de Jan van Eyck ocorreu com obras posteriores, como  "Retrato de um jovem" (1432), "O casamento de Giovanni Arnolfini e Giovanna Cenami" (1434), "Madona do cônego Van der Paele" (1434-1436) e "Madona na fonte" (1439). Jan van Eyck morreu em Bruges, em julho de 1441.





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