Nascida em Belo Horizonte (MG) e falecida em Nápoles. De origem italiana, foi com a família para a Itália ao ser deflagrada a Guerra de 1914-18, tendo iniciado seus estudos de arte com Galileo Chini, em Florença.
Regressando ao Brasil, realizou sua primeira individual em 1920 em Belo Horizonte e pouco depois conheceu, no Rio de Janeiro, Manuel Bandeira, Ronaldo de Carvalho e outros modernistas, que a aproximaram do grupo modernista de São Paulo.
Em 1922 foi um dos participantes da Semana de Arte Moderna de São Paulo, tendo exposto na mostra de artes plásticas os trabalhos A Sombra, Estudo de Cabeça, Paisagem Decorativa, Máscaras Siamesas, Aquarium, Figura e Painel Decorativo, além de 25 Impressões.
No mês seguinte, março de 1922, realizou em São Paulo, na livraria O Livro, uma individual com 46 pinturas, obtendo sucesso de crítica e venda.
Em 1923, no Rio de Janeiro, participou do Salão da Primavera, embarcando já no ano seguinte para a Itália. Radicando-se em Nápoles, ali adquiriu e passou a dirigir uma fábrica de cerâmica. Em 1953 voltou por curta temporada ao Brasil.
A arte de Zina Aita não pode ser de todo entendida sem menção à forte influência que sobre ela exerceu Galileo Chini (1873-1945), pintor, ceramista, cartazista e decorador, autor das pinturas ornamentais do Palácio Real de Bancoque, no Sião (não é demais recordar que Zina, na mostra de 1922, tinha uma obra denominada Máscaras Siamesas), senhor de uma estilização formal rigorosa, um dos principais representantes, na Itália, do chamado Style 1925.
Quando expôs em 1922 em São Paulo, a artista manipulava uma pintura altamente estilizada, dentro do espírito Art Dèco, se bem que com reminiscências do Art Noveau e mesmo impressionistas.
Trocando mais tarde, e cada vez mais, a pintura pelas artes industriais - chegou a se tornar na Itália importante ceramista, com intensa participação em diversas coletivas de monta, nas quais obteve inclusive prêmios.
Sua importância, na arte brasileira, é antes de tudo histórica, sendo muito pouco o que dela aqui restou em museus e coleções, destacando-se obras no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e na Coleção Mário de Andrade, do Instituto de Estudos Brasileiros da mesma Universidade.
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