quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Claude Monet / Luciano Cortopassi



Claude Monet (1874-1926) foi um artista francês, considerado um 
dos maiores expoentes do Impressionismo.

No ano de 1874, seus trabalhos (junto a outros pintores. Escultores, entre outros considerados “antiacadêmicos”) foram recusados pelo Salão Oficial dos Artistas Franceses. A partir daí decidem expor seus trabalhos em um estúdio do Boulevard des Capucines, com o título de Sociedade Anônima dos Artistas; também surgiu um apelido de Salão dos Recusados. Foi nesta exposição que Monet expõe um de seus quadros chamado “Impressão: o sol nascente” – um jornalista em tom de zombaria publica uma matéria chamando-os de “impressionistas”. Dessa forma nasceu o movimento que revolucionou a pintura moderna chamado Impressionismo.





Ainda muito jovem, sua família mudou-se de Paris para a cidade de Le Havre, e Monet já era conhecido pelos retratos que fazia de personalidades da época. Pouco depois conheceu as gravuras japonesas de Hosuikai e o também pintor Eugène Boudin, duas influências marcantes a estimularem em Monet a colocar a preocupação com os contornos em segundo plano. Nesse contexto a figura retratada em sua arte é manifestada sobretudo através dos contrastes entre a luz e a cor. Outra característica marcante do artista seria o fato de Monet pintar com leves pinceladas formando a imagem.




O inicio da carreira de Monet foi marcado por dificuldades financeiras, entretanto após superar esse obstáculo e obter algum reconhecimento, desde 1883 mudou-se para Giverny onde chegou a ter até seis funcionários para ajuda-lo a cuidar de seu jardim, retratado inúmeras vezes em sua pintura. Inclusive, o artista tem em sua maioria figuras da natureza e paisagens ao ar livre.




Monet casou-se duas vezes, e o retrato de sua primeira esposa Camille é uma das raras exceções onde a figura humana preponderava. Aliás, há relatos de que após o falecimento dela, Monet estava tão sensibilizado que teria visto nela “alguma beleza” e a retratou também neste momento.




Durante sua carreira, freqüentou a Academie Suisse, onde conhece Pissarro, amizade que manteve por toda a vida, e o de Charles Gleyre, onde teve contato com Renoir, Sisley e Bazille. Houve também uma passagem por museus de Londres, durante a guerra franco-alemã, onde descobriu a obra de Turner.




Um dado curioso da vida do pintor foi que sofreu de catarata, e isso influenciou temporariamente as cores de seus quadros. Ele chegou a evitar a cirurgia por algum tempo, temendo perder a visão definitivamente, e após ceder a necessidade da intervenção e operar-se Monet pintou novamente a ponte japonesa ao se dar conta de que a visão real do lugar era diferente da que retratou enquanto sofria as limitações da doença.




Entre os anos de 1900 a1926 trabalha na série “Nymphéas”, em 19 painéis, oferecidos ao governo francês e colocados na Oranmgerie, no Jardin des Tuilleries, Paris. Monet permaneceu em Giverny até o fim da vida. Ele morreu em 1926, na França, deixando um grande legado artístico.






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