domingo, 20 de janeiro de 2013

Sandro Botticelli Biografia/Luciano Cortopassi

Alessandro di Mariano Filipepi passou à história da arte como Sandro Botticelli, o pintor mais notável da segunda metade do século 15. O nome Botticelli deriva do apelido de seu irmão mais velho, Giovanni, conhecido como Il Botticello (o pequeno barril).
Sandro foi aprendiz de Andréa del Verrocchio entre 1467 e 1470, na mesma época de Leonardo da Vinci. Aos 25 anos abriu seu próprio ateliê e recebeu a encomenda de pintar "A Coragem", para uma instituição judicial florentina.
Dedicou boa parte de sua carreira às grandes famílias dessa cidade-Estado da Toscana, especialmente os Medici, para os quais pintou retratos. Entre tais obras destacam-se "Retrato de Giuliano de Médici" (1475-1476) e "A adoração dos Magos" (1476-1477), obra que o colocou definitivamente sobre a proteção dessa rica e importante família, que protagonizava a história de Florença e da Itália na época.
Em 1481, Botticelli foi chamado a Roma pelo Papa Sisto 4º. para trabalhar, junto com Ghirlandaio, Luca Signorelli, Cosimo Rosselli e Perugino, na decoração da capela Sistina, onde realizou os afrescos "As provações de Moisés, "O castigo dos Rebeldes" e a "Tentação de Cristo". Sua arte foi influenciada por artistas importantes como Fra Filippo Lippi e o pintor e gravador Antonio del Pollaiuolo. Participou dos círculos da corte de Lorenzo de Medici, recebendo a influência do neoplatonismo cristão que pretendia conciliar as idéias cristãs com as clássicas.
Pintou cenas mitológicas, como "A Primavera" (1477) e "O Nascimento da Vênus" (1483), a qual é uma das mais célebres obras do renascimento. Nessa mesmo ano, destacam-se a série de quatro quadros "Nastagio degli Onesti", recriações das histórias do "Decameron", de Boccaccio.
São freqüentes também os quadros de temática religiosa como "A Virgem escrevendo o Magnificat" (1485), "A Virgem de Granada" (1487), "A Coroação da Virgem" (1490), "Virgem com o Menino e dois Santos" (1485), "São Sebastião" (1473-1474) e um afresco sobre Santo Agostinho (1480).
Os anos que se seguiram a 1494 foram difíceis tanto para a cidade de Florença como para o pintor. Os Medici perderam o poder e o monge dominicano Girolamo Savonarola instaurou um governo republicano que criticava a corrupção da Igreja. Botticelli refletiu a tensão do período e a devoção religiosa em "Pietá" (década de 1490), "Crucificação Mística" (1497) e "Natividade Mística" (1501).











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